Veselin Mareshki, vice-presidente da Assembleia Nacional da Bulgária e líder do partido nacionalista Volya, comentou em uma entrevista ao canal bTV sobre a aquisição dos F-16 pelo país.
Ele disse que antes de gastar dinheiro com a compra de material bélico, seria melhor aumentar o nível de vida até um nível que os cidadãos queiram manter.
"Devido a todos os programas de TV sobre a falta de medicamentos, as pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza [...] eu percebo que nós não asseguramos um tal nível de vida para os nossos compatriotas que permita gastar quantidades repugnantemente grandes de dinheiro para melhorar a vida em outros países", declarou ele.
Anteriormente, o vice-presidente do parlamento apelou para se organizar um referendo sobre a necessidade de comprar os novos aviões. Ele também acusou o ministro da Defesa de não ter feito nada para melhorar a vida dos militares e "só estar interessado nos bilhões" alocados à compra dos caças.
O presidente do partido Alternativa para o Renascimento da Bulgária (ABR, na sigla em inglês), Rumen Petkov, também apelou muitas vezes à proibição das negociações sobre a compra dos jatos F-16. De acordo com ele, "não dá para se falar em camaradas quando tentam te vender o mais caro aspirador de pó em forma de F-16".
Na semana passada foi divulgado que os EUA pediram cerca de US$ 1,3 bilhão (cerca de R$ 5 bilhões) por oito caças F-16. Contudo, a Bulgária insistia em US$ 1,1 bilhão (cerca de R$ 4,2 bilhões) e no pagamento em prestações para não ameaçar a realização de outros projetos de modernização.
Vale ressaltar que o Ministério das Finanças emitiu um empréstimo como parte dos fundos para comprar os jatos. Vários bancos e fundações búlgaras adquiriram títulos do Tesouro no valor de mais de US$ 170 milhões (R$ 652,63 milhões), que servem de garantia de reembolso da dívida.