Conhecido pelo apelido de "Exterminador", Ntaganda, hoje com 45 anos, teria desempenhado um papel fundamental em atrocidades cometidas entre 2002 e 2003 em Ituri, no nordeste da República Democrática do Congo, uma região instável e rica em minerais, de acordo com os juízes citados pela agência.
Entre algumas das atrocidades do ex-militar estariam casos de estupro e escravidão sexual de menores, alistamento de crianças-soldados com idade inferior a 15 anos e assassinatos em massa, inclusive de bebês.
Ntaganda deu "ordens diretas para matar civis". Ele "cumpriu uma função militar muito importante e foi fundamental na criação de um poderoso grupo armado para expulsar a população local", disse o juiz Robert Fremr, segundo a AFP.
— Int'l Criminal Court (@IntlCrimCourt) 8 de julho de 2019
Apesar de se declarar inocente ao longo do julgamento, Ntaganda foi considerado culpado de 18 acusações de crimes de guerra e crimes contra a humanidade.