"Em grande parte o armamento e equipamentos militares que estão na Venezuela e são utilizados pelo Exército desde país são de fabrico russo. Por isso [os exercícios] não poderão ser realizados de outra forma. Não sei se há tipos de armamento que eles tivessem adquirido em outros países, mas, em sua grande maioria, o Exército [venezuelano] está equipado com nosso armamento, portanto ele também será utilizado, disse Sergei Ryabkov.
Ao ser perguntado sobre o número de especialistas militares russos que efetuam a manutenção técnica do material russo na Venezuela, o diplomata respondeu que "houve uma rotação", e que neste momento "praticamente não há pessoal russo", no país sul-americano.
"Mas isto não quer dizer que não podem ir para lá [Venezuela] quando voltar a ser necessária a manutenção técnica do equipamento", destacou Ryabkov.
O vice-ministro destacou que "tudo isso se enquadra nos contratos" assinados entre os dois países, não é uma decisão do alto comando militar ou da liderança política da Rússia.
"É muito estranho que tal suscite tanta atenção, que resulta de o tema estar sendo empolado artificialmente", acrescentou ele.
Ontem (10), Ryabkov, que irá visitar Venezuela entre os dias 20 e 22 deste mês, disse que Moscou não vê quaisquer sinais ocultos nos exercícios militares da Venezuela.
No passado dia 5, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que no dia 24 de julho irão ser realizados exercícios militares para comemorar a proclamação da independência da Venezuela e com objetivo de defender a costa e as fronteiras venezuelanas.