EUA anunciam sanções contra militares de Mianmar

© AFP 2023 / K M AsadRefugiados Rohingya, oriundos de Myanmar, em um campo localizado perto da cidade de Kutupalong, em Bangladesh
Refugiados Rohingya, oriundos de Myanmar, em um campo localizado perto da cidade de Kutupalong, em Bangladesh - Sputnik Brasil
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Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira (16) sanções contra o comandante-chefe do Exército de Mianmar, Min Aung Hlaing, e outros líderes militares por assassinatos extrajudiciais de muçulmanos rohingya, impedindo-os de entrar nos Estados Unidos.

As medidas, que também impactam o vice de Min Aung Hlaing, Soe Win, e outros dois comandantes e suas famílias, são as mais fortes já tomadas pelos Estados Unidos em resposta ao massacre da minoria rohingya em Mianmar, também conhecido como Birmânia.

"Continuamos preocupados com o fato do governo birmanês não ter tomado medidas para responsabilizar os atores de violações e abusos dos direitos humanos, e há relatos contínuos de militares birmaneses cometendo violações de direitos humanos e abusos em todo o país", afirmou o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, em comunicado. 

Pompeo disse que Min Aung Hlaing ordenou a libertação de soldados condenados por assassinatos extrajudiciais na vila de Inn Din durante a limpeza étnica dos rohingya em 2017 e foi "um exemplo notório da contínuo e severa da falta de responsabilização dos militares e sua liderança sênior".

Uma ofensiva militar em Mianmar em 2017 obrigou mais de 730 mil muçulmanos rohingya a fugirem para o vizinho Bangladesh. Investigadores da ONU disseram que a operação em Mianmar contou com assassinatos em massa, estupros e incêndios criminosos com uma "intenção genocida".

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