Segundo o Departamento de Defesa dos EUA, um caça Su-30 venezuelano interceptou um Aries II EP-3 da Marinha americana no espaço aéreo internacional "de forma pouco profissional" e o "rastreou agressivamente" a uma "distância insegura" para a tripulação e a aeronave.
Mostrando imagens da ocorrência, o Exército dos EUA declarou neste domingo (21) que a interceptação aconteceu no dia 19 de julho sobre o mar do Caribe.
Em comunicado, Washington acusa a Rússia do incidente pelo fato do caça ser de fabricação russa, e afirma que "esta ação demonstra o apoio militar irresponsável da Rússia ao [governo de Nicolás] Maduro".
2 of 2: This action demonstrates #Russia’s irresponsible military support to Maduro's illegitimate regime & underscores Maduro’s recklessness & irresponsible behavior, which undermines int’l rule of law & efforts to counter illicit trafficking. Pics & vids https://t.co/848FdmAeaE pic.twitter.com/1W9syCd1xs
— U.S. Southern Command (@Southcom) 21 de julho de 2019
2 de 2: Esta ação demonstra o apoio militar irresponsável da Rússia ao regime ilegítimo de Maduro e ressalta a imprudência e o comportamento irresponsável de Maduro, que mina o Estado de Direito Internacional e os esforços para combater o tráfico ilícito
No entanto, esses caças foram adquiridos em meados da década de 2000, durante a presidência de Hugo Chávez.
O governo da Venezuela informou ter respondido a uma "incursão de uma aeronave de reconhecimento e inteligência dos EUA" (capaz de interferir nos sistemas de comunicação), que violou o espaço aéreo nacional em uma "provocação franca ao país", nas proximidades de Caracas.
Imagens do incidente também foram compartilhadas pelos militares venezuelanos. Durante a interceptação, não houve contato físico entre as aeronaves.
Caracas possui 24 caças Su-30 comprados da Rússia e planeja adquirir mais 12 unidades no âmbito da cooperação técnico-militar com Moscou.