"Anunciamos a decisão da liderança de interromper a implementação dos acordos assinados com o lado israelense", declarou em discurso na cidade de Ramallah, na Cisjordânia.
O anúncio ocorreu depois da demolição de casas em Wadi Hummus, uma comunidade palestina no sudeste de Jerusalém, na Cisjordânia, área ocupada por Israel e requisitadas pelos palestinos para integrar o seu futuro Estado.
Segundo Abbas, a sua decisão entrará em vigor nesta sexta-feira.
Tel Aviv recentemente anunciou planos para abrir caminho para novos assentamentos na Jerusalém Oriental ocupada por Israel. O movimento foi criticado pela União Europeia (UE) como "um obstáculo à paz", que "continua a minar a possibilidade de uma solução viável de dois Estados".
Além disso, durante a última corrida eleitoral para o cargo de primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu prometeu "estender a soberania" sobre os assentamentos existentes na Cisjordânia, ou anexá-los.
Tal promessa reflete o plano de paz proposto pelos EUA, apelidado na mídia de "acordo do século", embora seu conteúdo ainda não tenha sido revelado. Os relatos afirmam que se ofereceriam para colocar formalmente os assentamentos sob o controle legal israelense como parte do acordo, uma condição contestada verbalmente pelos palestinos.