Nas condições em que se encontra, "o navio não pode ser utilizado" e a solução de seus problemas será um processo demorado, afirmou à Bloomberg a congressista americana Elaine Luria, que foi oficial da Marinha dos EUA por 20 anos.
Em 31 de julho, o presidente do Comitê de Serviços Armados do Senado americano, James Inhofe, também criticou o porta-aviões durante a audiência sobre operações navais.
"O navio foi aceito pela Marinha incompleto, quase dois anos atrasado, com 2,5 bilhões de dólares acima do orçamento e 9 dos 11 elevadores ainda não funcionam, enquanto os custos continuam crescendo", disse Inhofe, citado pelo portal Task e Puprose.
Inhofe explicou que as novas tecnologias, como "o novo radar, catapulta, cabo de parada e elevadores de armas", que seriam incorporadas ao USS Gerald R. Ford, "foram pouco testadas e nunca foram integradas ao navio" e que a Marinha americana aceitou o acordo "sem entender nem o risco técnico, nem o custo, nem o prazo".
Série de falhas
O porta-voz da empresa Huntington Ingalls (fabricante do navio), Beci Brenton, disse que sua empresa "continuará a trabalhar com seus parceiros da Marinha para resolver os problemas".
Brenton afirma que a companhia "está comprometida" em "testar, certificar e entregar" os 11 elevadores "com segurança e eficiência".
No entanto, o problema de operação dos elevadores não é o único que o USS Gerald R. Ford tem.
Em fevereiro, foi anunciado que o navio de guerra registou 20 falhas durante os testes no mar de decolagem e aterrissagem de aeronaves, além de ser incompatível com os caças furtivos americanos Lockheed Martin F-35, segundo a Business Insider.