Entretanto, a China requereu às empresas estatais para suspenderem as importações de produtos agrícolas estadunidenses e desvalorizou a moeda nacional.
A desenfreada guerra comercial entre Washington e Pequim já afetou redes de fornecimentos globais e bolsas de valores, no entanto este enfrentamento pode fazer cair os preços do petróleo abaixo dos US$ 30 por barril se a China decidir comprar petróleo iraniano, adverte o Bank of America Merrill Lynch.
"Enquanto nós mantemos o nosso prognóstico do preço do petróleo Brent em US$ 60, nós admitimos que uma decisão chinesa de reiniciar a compra do petróleo iraniano poderia fazer cair o preço do petróleo drasticamente", informou na sexta-feira a divisão de investimento multinacional do Bank of America, segundo a CNBC.
O relatório afirmava também que esta decisão iria "arruinar a política exterior dos EUA", amortecendo os efeitos negativos nos termos de troca sobre a economia chinesa devido ao aumento das tarifas dos EUA.
Washington adotou contra o Irã uma política de "pressão máxima", acusando o país islâmico de violar o acordo nuclear de 2015 e patrocinar o terrorismo. Após de retirada unilateral dos EUA do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA), conhecido como acordo nuclear do Irã, em maio do ano passado, a Administração Trump impôs novamente sanções econômicas contra Teerã, inclusive contra as exportações de hidrocarbonetos.
O objetivo consistia em reduzir as exportações do petróleo iraniano até á marca zero, porém, o Irã afirma que as sanções dos EUA fracassaram.
"Os americanos não conseguiram obter sucesso contra o Irã. Eles queriam fazer baixar as vendas de petróleo até zero, mas não conseguiram", disse o presidente do parlamento Ali Larijani aos legisladores na terça-feira (6).
De acordo com as estimativas da S&P Global Platts, as exportações do petróleo iraniano não caíram até zero, mas sofreram um golpe significativo.
O país teria alegadamente exportado menos de 550.000 barris por dia em junho de 2019, contra aproximadamente 875.000 barris por dia em maio e 2,5 milhões de barris em abril, antes de Trump ter abandonado o acordo nuclear.