"Nunca nos recusámos a dialogar, propusemos isso durante todo o período de fevereiro a agosto. Mostrámos a nossa abertura. Mostrámos o míssil que levantava questões. Os americanos não vieram. Se eram necessários mais participantes, por que havia necessidade de destruir tudo?", disse Sergei Shoigu em entrevista ao canal de televisão Rossiya 24.
Além disso, o ministro sublinhou que a Rússia não vai implantar novos mísseis enquanto na Europa e na Ásia não aparecerem mísseis que violem o Tratado INF.
"Mantemos a porta aberta, seguimos o princípio de que, enquanto estes sistemas não aparecerem na Europa, nós não vamos fazer lá nada […]; enquanto [tais mísseis] não aparecerem na Ásia-Pacífico, também não os teremos lá", disse Sergei Shoigu.
O Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) foi definitivamente revogado em 2 de agosto. No início deste ano, Washington anunciou a sua saída unilateral do tratado, acusando a Rússia de violar o documento. Moscou negou todas as alegações.
Resposta recíproca
No início de julho, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou a lei sobre a suspensão do tratado. A Rússia afirmou várias vezes que cumpria por completo todas as condições do INF.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, declarou que Moscou tinha sérias perguntas a fazer a Washington quanto ao cumprimento do tratado pelos próprios norte-americanos. Segundo ele, as acusações dos EUA sobre as alegadas violações russas não tinham e não têm qualquer fundamento.
O presidente da Rússia sublinhou que todas as propostas da Rússia sobre o desarmamento nuclear "estão na mesa e que as portas estão abertas", mas exigiu que os ministros os ministros russos, a partir de agora, não iniciassem negociações sobre este assunto.