Para o presidente, as ações podem ser uma reação à suspensão de repasses do governo para organizações não governamentais (ONGs) e a também de verbas de países para o Fundo Amazônia, projeto de cooperação internacional para preservação da floresta, informou Agência Brasil.
Nas últimas semanas, os principais doadores do fundo, Alemanha e Noruega, anunciaram a suspensão de seus repasses após a divulgação das taxas de desmatamento na região.
"O crime existe e temos que fazer com que esse crime não aumente. Mas nós tiramos dinheiro de ONGs, repasses de fora, dos quais 40% iam para ONGs, não tem mais, acabamos com repasses de órgão públicos para ONGs, de modo que esse pessoal está sentindo a falta do dinheiro", explicou o presidente.
"Então, pode estar havendo ação criminosa desses 'ongueiros' para chamar atenção contra a minha pessoa, contra o governo do Brasil. Essa é a guerra que estamos enfrentando”, disse Bolsonaro ao deixar o Palácio da Alvorada, na manhã desta quarta-feira.
"Não estou afirmando, mas no meu entender, há interesse dessas ONGs que representam interesse de fora do Brasil", acrescentou o político.
O presidente aproveitou para disparar contra as demarcações de terra e contra interferência outros países na Amazônia.
"As demarcações não são para proteger o índio, mas para deixar intacta a maior parte possível dessa área para que, no futuro, outros países venham nos explorar aqui. Você acha que é coração muito grande desses países em ajudar? Ele não querem ajudar, todo mundo sabe que não tem amizade entre países, tem interesses. O que nós temos na região amazônica o mundo não tem. O mundo cresce 70 milhões de habitantes por ano, esse pessoal precisa de algo para se alimentar, para evoluir e vem de onde a matéria-prima? Dessa área", alertou.
"É um crime, o governo não está insensível para isso. Mas temos uma guerra acontecendo no mundo contra o Brasil, a guerra da informação", concluiu o chefe de Estado e prometeu governo vai abrir investigação para punir os responsáveis pelas queimadas.