O Conselho Estatal Chinês anunciou tarifas que variam de 5% a 10% para produtos norte-americanos no valor total de US$ 75 bilhões. A lista de itens tributados com tarifas inclui petróleo bruto.
De acordo com Gao Lingyun, pesquisador da Academia Chinesa de Ciências Sociais, a lista de produtos foi cuidadosamente selecionada.
As remessas dos EUA para a China representaram uma média de 6% do total das exportações de petróleo norte-americano este ano, de acordo com dados do Departamento de Energia dos EUA e do Census Bureau.
Embora Pequim tenha retaliado em uma escala muito menor, suas taxas foram bem direcionadas, de acordo com Wang Huiyao, fundador do Centro para a China e Globalização em Pequim.
"Os EUA estão agora aplicando tarifas a quase todos os produtos chineses", disse Wang, citado pelo jornal. "As represálias da China são pequenas em termos de quantidade [de importações dos EUA], por isso precisam de metas claras para serem eficientes", acrescentou.
De acordo com o Diário do Povo, jornal do Partido Comunista, citado pelo South China Morning Post, as tarifas de Pequim procuram minar "os dividendos dos EUA na qualidade de novo campeão mundial da produção de petróleo".
Além do petróleo, as tarifas chinesas atingem com peso o setor automotivo e a soja norte-americana.
Parte das novas normas chinesas entrará em vigor no dia 1 de setembro. A segunda onda de sanções passa a veler em 15 de dezembro.
No dia 23 de agosto, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, por sua vez, que seu país aumentará as tarifas impostas aos produtos chineses no dia 1 de outubro, num valor total de US$250 bilhões.