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Eduardo Bolsonaro se reúne com Trump: manobra de pressão pela embaixada em Washington?

© AP Photo / Eraldo PeresEduardo Bolsonaro em 14 de agosto de 2019.
Eduardo Bolsonaro em 14 de agosto de 2019. - Sputnik Brasil
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O deputado Eduardo Bolsonaro se reuniu nesta sexta-feira com o presidente dos EUA, Donald Trump. Em entrevista à Sputnik Brasil, o cientista político Ricardo Ismael afirmou que a reunião pode ter sido uma forma de promover a candidatura do deputado à embaixada dos EUA.

Após ser recebido, junto com o chanceler Ernesto Araújo, pelo presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca, o deputado federal Eduardo Bolsonaro confirmou que o assunto sobre a sua indicação à embaixada norte-americana foi abordada por Trump.

"O presidente Trump reforçou sua intenção, de maneira bem educada, de apoiar a minha candidatura, mas não aprofundamos [o tema]", disse Eduardo Bolsonaro.

Em entrevista à Sputnik Brasil, o cientista político e professor da PUC-Rio, Ricardo Ismael, afirmou que o encontro na Casa Branca pode ser visto como uma tentativa de diminuir as insatisfações com a indicação de Eduardo ao cargo de embaixador do Brasil nos EUA.

"É claro que é no sentido de conseguir conquistar eventuais votos de indecisos e reduzir algumas insatisfações com a indicação desse nome", disse Ismael.

"Desde que este assunto começou a ser ventilado, certamente causou muita polêmica, há um problema mais objetivo, que o Eduardo Bolsonaro, caso seja indicado e submetido o seu nome à apreciação do vai precisar ter a maioria dos votos dos senadores, o que não tem sido uma tarefa fácil, ele mesmo está percorrendo os gabinetes do Senado Federal para poder conseguir uma margem e e ter uma certeza segurança que o seu nome não seja rejeitado", acrescentou o especialista.

​Ao comentar a posição norte-americana sobre a indicação, o cientista político observou que "Bolsonaro e o Trump têm mantido uma relação bastante próxima nesse período recente [...] então parece que existe aí uma tentativa de estabelecer um canal preferencial na América do Sul, na América Latina".

De acordo com ele, "pro Brasil isso certamente é um ponto importante dentro do contexto global ter um interlocutor como os EUA".

"Agora, essa manifestação de uma certa preferência de Trump pelo nome de Eduardo Bolsonaro pode, de um lado, haver a compreensão de que o nome dele seria o melhor no sentido de estar sendo bem recebido pelo próprio presidente dos EUA, mas nesse caso poderia haver outro tipo de reação de que o Bolsonaro talvez estaria estabelecendo uma aproximação exagerada, de que é sempre bom manter uma prudência com chefes de Estado de outros países", completou.

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