Na terça-feira (27), o presidente do Irã, Hassan Rouhani, afirmou que os EUA devem desistir das sanções contra o Irã e que isso seria o primeiro passo para o início das negociações sobre a regulação do conflito entre o Irã e os EUA.
"O país sempre esteve pronto para as negociações […] mas primeiramente são os EUA que devem agir, anulando todas as sanções ilegais, desonestas e injustas impostas contra o Irã", disse o presidente iraniano.
EUA ignoram interesses do Irã
"O estabelecimento de relações com os outros Estados com base nos interesses nacionais do país é um dos princípios fundamentais da atividade em política externa do Irã. O Irã vai desenvolver e fortalecer as relações bilaterais com todos os países, mas há sempre excepções. Neste caso são os EUA", disse Alaeddin Boroujerdi à Sputnik Persa, parlamentar iraniano e membro do Comitê de Segurança Nacional e Política Externa, comentando a declaração do presidente do país.
Alaeddin Boroujerdi adicionou que os EUA "não prestam atenção aos interesses nacionais do Irã e violam as normas e leis internacionais".
O parlamentar também sublinhou que para o Irã seria bom realizar negociações com a Europa.
"Devo relembrar que o Irã está totalmente preparado e aberto para quaisquer negociações com quaisquer países", adicionou Boroujerdi.
Teerã procura negociações frutíferas
Outro parlamentar iraniano e membro do Comitê de Segurança Nacional e Política Externa do país, Hadi Shushtari, disse que o Irã está pronto para negociações somente na condição de elas serem eficazes.
"Na sua declaração, o senhor Rouhani mencionou os interesses nacionais do país, e se houver quaisquer conferências ou cimeiras que levem à resolução dos problemas da sociedade, neste caso, com certeza, será oferecida colaboração para a realização delas", afirma Hadi Shushtari.
O parlamentar também disse que se houver um país que vise realizar negociações com o Irã, então o país vai as organizar. Mas "só se forem negociações reais e frutíferas, e não um encontro apenas para haver uma discussão entre especialistas ou para obter uma foto como lembrança", explicou Hadi Shushtari.