Em seu Twitter, o prefeito carioca anunciou que a obra havia já havia sido "denunciada na Internet e que traz conteúdo sexual para menores". Ainda de acordo com Crivella, "livros assim precisam estar embaladas com plástico preto e lacrados".
Pessoal, precisamos proteger as nossas crianças. Por isso, determinamos que os organizadores da Bienal recolhessem os livros com conteúdos impróprios para menores. Não é correto que elas tenham acesso precoce a assuntos que não estão de acordo com suas idades. pic.twitter.com/sFw82bqmOx
— Marcelo Crivella (@MCrivella) 5 de setembro de 2019
Antes de Crivella, o livro já havia sido criticado nas redes sociais pelo vereador do Rio de Janeiro Alexandre Isquierdo (DEM), que classificou sua venda como "um crime absurdo" e disse que a HQ é "divulgação homossexual para as crianças".
Em nota enviada à Sputnik Brasil, a Bienal do Livro afirmou que o evento "dá voz a todos os públicos, sem distinção, como uma democracia deve ser".
"A Bienal Internacional do Livro Rio, consagrada como o maior evento literário do país, dá voz a todos os públicos, sem distinção, como uma democracia deve ser. Este é um festival plural, onde todos são bem-vindos e estão representados. Inclusive, no próximo fim de semana, a Bienal do Livro terá dois painéis para debater a literatura Trans e LGBTQA+. A direção do festival entende que, caso um visitante adquira uma obra que não o agrade, ele tem todo o direito de solicitar a troca do produto, como prevê o Código de Defesa do Consumidor", diz a nota.
A Bienal do Livro do Rio é o maior evento literário do Brasil e acontece no Riocentro de 30 de agosto a 8 de setembro.