A paralisação foi decretada na noite de terça-feira (10). Até o momento, sindicatos de 16 estados e do Distrito Federal aderiram ao movimento. O governo de Jair Bolsonaro confirmou em agosto a inclusão dos Correios em seu programa de privatização.
Além de se colocarem contra a venda da empresa, os grevistas pedem reajuste salarial com reposição da inflação do período. Os funcionários também querem que a direção da estatal reconsidere a retirada de pais e mães do plano de saúde da categoria, melhores condições de trabalho e outros benefícios.
Sindicato acusa direção de não receber trabalhadores
Segundo a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), a greve abrange todos os 36 sindicatos de funcionários da estatal.
“A decisão foi uma exigência para defender os direitos conquistados em anos de lutas, os salários, os empregos, a estatal pública e o sustento da família”, afirmou a Findect por meio de nota. O sindicato acusa a direção dos Correios de não receber representantes dos trabalhadores há mais de 40 dias, mesmo com a mediação do Tribunal Superior do Trabalho.
Versão dos Correios
Em comunicado divulgado em seu site, os Correios afirmam que “participaram de dez encontros na mesa de negociação com os representantes dos trabalhadores, quando foi apresentada a real situação econômica da estatal e proposta para o Acordo dentro das condições possíveis, considerando o prejuízo acumulado na ordem de R$ 3 bilhões”. De acordo com a empresa, as propostas dos sindicatos são insustentáveis.
Em entrevista publicada no jornal Valor Econômico, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que gostaria de privatizar “todas as empresas estatais”.