Abbas advertiu na terça-feira (10) que os acordos, sendo provavelmente os Acordos de Oslo, de estabelecimento de responsabilidades conjuntas de governação e segurança palestino-israelense na Cisjordânia, seriam anulados se Tel Aviv anexar qualquer um dos territórios palestinos ocupados em 1967.
"Nós temos o direito de defender nossos direitos e alcançar nossos objetivos por todos os meios disponíveis, independentemente das consequências, como as decisões de Netanyahu contradizem com as resoluções das Nações Unidas e do direito internacional", advertiu o líder palestino.
A declaração de Netanyahu, na terça-feira (10), de "aplicar a soberania israelense" ao Vale do Jordão, descrita por ele como "nossa fronteira oriental, nosso muro de defesa", também foi condenada pela Arábia Saudita, que afirmou que as promessas do político israelense constituem uma "escalada muito perigosa contra os palestinos" e que minam os esforços de paz.
A Liga Árabe manifestou que o plano de Netanyahu viola o direito internacional e as resoluções da ONU. No entanto, tanto Netanyahu como Abbas fizeram promessas semelhantes antes.
Declaração perante campanha eleitoral
O Vale do Jordão corresponde a 60% do território da Cisjordânia, e vendo sendo controlado plenamente por israelenses desde a assinatura dos Acordos de Oslo no início da década de 1990.
O primeiro-ministro de Israel está atualmente lutando contra uma dura campanha de reeleição, com israelenses indo às urnas no dia 17 de setembro para decidir seu futuro. Ele fez uma promessa semelhante para anexar a Cisjordânia em abril.
