Netanyahu, o primeiro-ministro mais longevo de Israel, sofreu uma das maiores derrotas de sua carreira após as eleições de abril, quando não conseguiu formar uma coalizão apesar de seu partido de direita, o Likud, e seus aliados ganharem a maioria dos assentos no Parlamento.
Em vez de abrir caminho para o presidente israelense Reuven Rivlin escolher outra pessoa para formar um governo, o premiê, que pode ser indiciado por corrupção nas próximas semanas, optou por uma nova eleição.
As pesquisas de opinião finais divulgadas na sexta-feira indicam outra disputa acirrada entre o Likud e o ex-chefe militar Benny Gantz. Uma repitição do cenário em que o vencedor não consegue formar uma coalizão não pode ser descartado.
A participação dos eleitores em meio ao cansaço eleitoral será um fator-chave, juntamente com o surpreendente surgimento de questões relacionadas à religião e ao Estado.
E, mais uma vez, a eleição representará em grande parte um referendo sobre Netanyahu.
A controvertida promessa do premiê de anexar um terço da Cisjordânia ocupada se ele vencer e sua breve escolta para fora do palco em um comício por causa de foguetes de Gaza estão entre as questões que dominam os últimos dias da campanha.