Arreaza rebateu o comunicado emitido nesta terça-feira pelo Departamento de Estado norte-americano, no qual Washington anuncia a invocação do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR) contra Caracas.
Con este comunicado Washington no sólo atenta contra la Mesa Nacional de Diálogo, sino que se asume como el autor principal de la amenaza del uso de la fuerza contra Venezuela, violando abiertamente la Carta de la ONU al invocar el TIAR.https://t.co/vVEytq0PRj
— Jorge Arreaza M (@jaarreaza) September 17, 2019
Com esse comunicado, Washington não só atenta contra a Mesa Nacional de Diálogo, mas também se assume como o principal autor da ameaça de uso da força contra a Venezuela, violando abertamente a Carta da ONU ao invocar o TIAR.
Para o chanceler venezuelano, a decisão de Washington demonstra "seu caráter belicista ao subestimar os processos de diálogo político que se desenvolvem de maneira soberana na Venezuela".
"Para a administração Trump, a paz e o entendimento são más notícias", acrescentou o chanceler em outro tweet.
El Gobierno de EEUU vuelve a demostrar su carácter guerrerista al subestimar los procesos de diálogo político que se desarrollan de manera soberana en Venezuela. Para la administración Trump la paz y el entendimiento son malas noticias. https://t.co/vVEytq0PRj
— Jorge Arreaza M (@jaarreaza) September 17, 2019
EUA invocam o Tratado do Rio
Nesta terça-feira, o governo norte-americano informou que, junto com seus aliados da Organização de Estados Americanos (OEA), acionou o TIAR, argumentando que o acordo atingido entre o governo de Maduro e uma parte da oposição moderada venezuelana representava uma sabotagem dos “esforços de boa fé para encontrar uma solução política pacífica” encabeçada pelo deputado Juan Guaidó. Washington reconhece Guaidó como “presidente interino” desde sua autoproclamação, em janeiro deste ano.
"Aguardamos com expectativa a oportunidade de nos reunirmos com os parceiros regionais para debater as opções econômicas e políticas multilaterais que podemos utilizar para enfrentar a ameaça à segurança da região que Maduro representa”, informou o Departamento de Estado norte-americano em um comunicado, no qual explica que a medida em questão "facilitaria uma ação coletiva" contra a Venezuela.
A Venezuela não reconhece a invocação de nenhuma disposição do TIAR, uma vez que denunciou esse tratado em 2013 e oficializou a sua saída da OEA em abril deste ano.