De acordo com o general Timothy Ray, chefe do Comando de Ataque Global, a USAF precisa de 225 bombardeiros para responder à suposta ameaça representada por rivais como a Rússia e a China. O militar norte-americano enfatizou que a quantidade desse tipo de aeronaves deveria aumentar de 156 para mais de 220.
"O número ideal é cerca de 225 ou mais. O B-1 e o B-2 são aviões antigos", acrescentou.
Especialistas notam que o problema da frota de bombardeiros se agrava porque as aeronaves são antigas: os B-1, B-2 e B-52 em serviço nos Estados Unidos foram desenvolvidos há décadas.
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— Sputnik Mundo (@SputnikMundo) September 8, 2019
B-52 contra Tu-95: os titãs nucleares da Guerra Fria que seguem voando.
Ainda que Washington esteja melhorando a capacidade de seus aviões, o que permitirá mantê-los em operação ainda por muitos anos, a USAF necessita de novas plataformas, como o B-21 Raider, que deve ficar disponível na década de 2020.
"A USAF é uma força geriátrica: tem bombardeiros, aviões de reabastecimento e aeronaves de treinamento de mais de cinquenta anos de idade, helicópteros de mais de quarenta e caças de mais de trinta anos, além de uma escassez de mais de 2.000 pilotos", comentou, por sua vez, o tenente-general David Deptula, reitor do Instituto Mitchell para Estudos Aeroespaciais.
O general Ray lembrou que o problema dos bombardeiros se agrava ainda mais pela ausência de aviões dessa classe entre os aliados dos Estados Unidos: "Os aliados não possuem bombardeiros", disse.
As declarações do general parecem refletir as preocupações expressas em diversas ocasiões pelos líderes do Pentágono de que a USAF não consiga manter-se à altura das rivais russa e chinesa até 2025.
A USAF considera necessário aumentar o número de esquadrões de combate de 312 para 386. O mais recente plano da instituição inclui a criação de 22 novos esquadrões de exploração, sete de caças e cinco de bombardeiros, destacou o portal.
A questão central é se os Estados Unidos serão capazes de impedir esse atraso. Como sempre, os altos funcionários destacaram a necessidade de aumentar o orçamento militar.
"Infelizmente, a Força Aérea tem estado consistentemente subfinanciada há mais de vinte anos. Por isso, a USAF hoje é a mais antiga, a menor e a mais despreparada de toda a história de sua existência. Já não estamos lidando com forças semelhantes à nossa, mas sim com forças iguais, dados os avanços militares empreendidos por China e Rússia", concluiu Deptula.