Anteriormente, Suhail Shaheen, porta-voz oficial do escritório político do Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) no Catar, postou em sua conta no Twitter que nove membros do Talibã, incluindo o chefe do escritório político do Catar, o mulá Abdul Ghani Baradar, conversaram com o enviado especial chinês para os assuntos do Afeganistão, Deng Xijun, na China durante o domingo (22).
"O lado chinês considera a situação no Afeganistão muito importante, faz de tudo para facilitar o processo de paz no Afeganistão, mantém contato constante com todos os lados envolvidos. O chefe do escritório diplomático do Talibã em Doha, Baradar e alguns de seus assessores estiveram recentemente na China para fazer contatos ", confirmou Geng.
Geng especificou que o enviado especial e a delegação afegã haviam trocado opiniões sobre o processo de paz no Afeganistão.
"Esperamos que os Estados Unidos, o Talibã e o Afeganistão mantenham negociações e alcancem paz e estabilidade o mais rápido possível", acrescentou Geng.
Os EUA e o Talibã tentam há quase um ano negociar um acordo de paz que garanta a retirada de tropas estrangeiras do Afeganistão em troca da garantia do movimento de que o país não se tornará um local seguro para terroristas.
As negociações, no entanto, excluíram o governo afegão, porque o Talibã o considera um fantoche dos EUA. A última rodada de negociações em Doha terminou em 1º de setembro.
Em 7 de setembro, após uma explosão em Cabul, Trump se pronunciou dizendo ter cancelado conversas secretas em Camp David com a liderança do Talibã e os líderes afegãos no dia 8 de setembro.