“O TIAR é para países que estão sofrendo agressões armadas por parte de uma nação estrangeira não signatária do TIAR; o Uruguai vai refletir muito sobre esse tratado, e se essa votação tiver as consequências que parece que pode ter (a intervenção armada), nós vamos o denunciar e vamos sair do tratado, com toda certeza”, disse Nin Novoa ao jornal local La República.
O chanceler esclareceu que esta decisão será tratada ao “nível de governo, mas essa é pelo menos a posição da chancelaria até o presente momento”.
Os ministros das Relações Exteriores dos Estados signatários do TIAR irão se reunir nesta segunda-feira em Nova York, às 20h00 no horário de Brasília. A reunião cumpre o previsto na resolução de 11 de setembro deste ano, que prevê discussão entre os líderes sobre a possibilidade de invocar o tratado.
O TIAR, assinado em 1947 em pleno início da Guerra Fria e antes da criação da Organização dos Estados Americanos (OEA), nunca foi invocado. O tratado contempla medidas que cobrem desde negociações até a ruptura de relações diplomáticas, suspensão de acordos econômicos e na área de transportes, interrupção nas comunicações e, por fim, ações coercitivas como a intervenção militar.
A Venezuela denunciou o tratado em 2014, ainda sob o governo de Hugo Chávez (1999-2013), que alertou sobre a possibilidade de o mesmo ser utilizado para uma ação contra o seu país.