Em uma entrevista exclusiva à Fox News, nesta terça-feira (24), Rouhani falou sobre o ataque sofrido pelas instalações petrolíferas sauditas e afirmou que os EUA deveriam se sentir envergonhados, já que seus sistemas de defesa aérea Patriot foram incapazes de impedi-lo.
"Hoje, infelizmente, a América é quem apoia o terrorismo em nossa região e, onde quer que a América tenha ido, o terrorismo se expandiu em sua esteira", destacou o líder iraniano.
Quando questionado sobre o discurso do presidente americano Donald Trump na Assembleia Geral da ONU, durante a qual o inquilino da Casa Branca falou da "sede de sangue do Irã", o líder iraniano indicou que são os EUA quem contribuem para o aumento do terrorismo no Oriente Médio, dando como exemplo as operações militares de Washington na Síria.
"O país que está presente, sobrevoa e bombardeia o território da Síria sem a permissão do governo são os Estados Unidos", afirmou.
Ataque a refinarias sauditas
Em relação ao ataque às instalações petrolíferas da Arábia Saudita, Rouhani afirmou que Teerã não é responsável por isso e que as acusações a este respeito se baseiam em um erro.
De acordo com suas declarações, Washington apresentou acusações "infundadas", quando o porta-voz da Arábia Saudita anunciou que o equipamento com o qual esses ataques foram realizados não era iemenita.
O presidente iraniano ressaltou que, se seu país tivesse atacado refinarias sauditas, Washington teria que esclarecer por que seu próprio aparelho de inteligência e sistemas antimísseis foram incapazes de o impedir.
"Com todo aquele dinheiro recebido dos EUA para sistemas de defesa, armas e radares instalados na Arábia Saudita e em toda a península Arábica, como não conseguiram evitar que os drones atingissem os alvos? […] Então, para que serve todo esse sistema antimíssil Patriot?", perguntou.
"Francamente, isso seria ainda pior e talvez ainda mais embaraçoso para os EUA se suas acusações fossem aceitas", disse o líder iraniano.
Além disso, Rouhani também criticou o fato de a inteligência ocidental menosprezar as capacidades militares dos rebeldes iemenitas houthis, que reivindicaram o ataque às refinarias sauditas no dia 14 de setembro.