Segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Tesouro Nacional, a DPF em títulos, que contempla dívidas do governo tanto no Brasil, quanto no exterior, apresentou um aumento de 2,03% no mês de agosto e somou R$ 4,074 trilhões.
Mesmo com a alta, a DPF continua abaixo do mínimo previsto pela equipe econômica. Segundo o Plano Anual de Financiamento (PAF) da dívida pública, divulgado em janeiro, o DPF deve encerrar o ano entre R$ 4,1 trilhões e R$ 4,3 trilhões. De todo modo, é a primeira vez que a dívida ultrapassou o valor de R$ 4 trilhões.
A Dívida Pública Federal cresceu 2,03% em agosto na comparação com julho, para pouco mais de R$ 4 trilhões. A DPF compõe a dívida bruta do governo e divide-se em dívida interna e externa. pic.twitter.com/uBrz6Ls30d
— Tesouro Nacional (@TesouroNacional) September 26, 2019
O crescimento registrado no mês passado se deveu à emissão de títulos públicos de R$ 39,62 bilhões, e com despesas com juros no valor total de R$41,37 bilhões. Um dos motivos do crescimento da dívida também foi a alta do dólar no último mês, provocando o aumento do débito em 9,55% em agosto. No entanto, a composição da DPF não mudou muito de julho para agosto.
A participação dos papéis corrigidos pela Selic passou de 38,37% para 38,35% de um mês para outro. A fatia dos títulos prefixados (com taxas definidas no momento da emissão) subiu levemente, de 31,05% para 31,44%. A participação dos títulos vinculados à inflação passou de 26,73% para 26,06%. A parcela do câmbio, que inclui a dívida pública externa, foi a que mais subiu, de 3,85% para 4,15%, informou Agência Brasil.
Por meio da dívida pública, o governo empresta recursos com para honrar compromissos para devolver o dinheiro com alguma correção, que pode ser definida com antecedência, no caso dos títulos prefixados, ou seguir a variação da taxa Selic, da inflação ou do câmbio.