O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e o chefe da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, assinaram o acordo para coordenar projetos nas áreas de infraestrutura, transporte e digital.
O acordo faz parte da estratégia de "conectividade asiática" do bloco, lançada no ano passado em meio a crescentes preocupações internacionais sobre a vasta Nova Rota da Seda, ou Cinturão e Rota (BRI, na sigla em inglês), de Pequim, que está construindo ferrovias, estradas e portos em todo o mundo usando bilhões de dólares em empréstimos chineses.
O acordo UE-Japão enfatiza repetidamente a importância de os projetos serem sustentáveis ambiental e fiscalmente - uma crítica velada ao projeto chinês. Segundo opositores, a iniciativa chinesa sobrecarrega os países com dívidas que são impossíveis de pagar.
"A conectividade deve ser sustentável em termos financeiros - devemos legar à próxima geração um mundo mais interconectado, um ambiente mais limpo e não montanhas de dívidas", disse Juncker em discurso antes da cerimônia de assinatura. "É também uma questão de criar interconexões entre todos os países do mundo e não apenas a dependência de um país".
Embora o bloco europeu insista que seu investimento em projetos de infraestrutura com a Ásia não tenha como criar um rival da Nova Rota da Seda, oficiais de alto escalão reconhecem que foi um fator que os levou a agir.