De entre os corpos foram encontrados 13 soldados britânicos mortos há mais de um século, conforme o tabloide Daily Mail.
A descoberta faz parte de um projeto arqueológico, conhecido como "a Pompeia da Primeira Guerra Mundial", para encontrar restos que faziam parte da linha de frente entre 1914 e 1918.
Juntos com os restos mortais foram encontrados rifles, revólveres, munições, capacetes, uniformes, fivelas de cinto e outros artefatos militares, bem como itens pessoais, tais como relógios, escovas de dente, garrafas de água, gaitas e utensílios de cozinha.
Simon Verdegem, o arqueólogo principal do projeto, revelou que decidiu iniciar o projeto após uma comovente declaração de um tenente alemão.
"Os homens não temem mais a morte, nós fizemos as pazes com a ideia sobre a nossa própria morte. Um fardo muito mais pesado é o medo de ser esquecido em solo estrangeiro, um fim inglório para qualquer soldado", declarou o oficial alemão.
Verdegem também explicou que os alemães estavam deitados em supostas valas comuns, juntamente com diversos outros artefatos.
"No final da segunda semana de trabalho, tínhamos 50 locais com restos mortais [...] Tinhamos uma vala comum com 25 alemães e outra com dez a 15. Ao final, tínhamos 135 locais com restos mortais [...]", declarou.
Após a descoberta, a equipe analisou os ossos, bem como itens tais como uniformes, armas, botas, em uma tentativa de descobrir as nacionalidades dos soldados.
Ao final, foi concluído que os restos mortais pertenciam a 73 soldados alemães, 13 soldados britânicos, três franceses e um sul-africano. Os restos de mais de 20 homens não puderam ser identificados.
O Exército alemão invadiu a Bélgica em agosto de 1914 e o local se tornou rapidamente uma importante posição defensiva.