A Argentina e a Rússia não avançarão na questão da possível aquisição de caças russos MiG-29 até às eleições presidenciais argentinas, declarou o vice-diretor do Serviço Federal Russo de Cooperação Técnico-Militar, Anatoly Punchuk, hoje (7) à Sputnik.
Em uma entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, Andrei Koshkin, responsável do Departamento de Ciências Políticas e Sociologia da Universidade de Economia Plekhanov, explicou por que acredita no sucesso da aquisição.
"Eu acredito que, do lado da Argentina, são passos calculados. [...] Um contrato assim não pode ser implementado rapidamente, do ponto de vista técnico, ainda há muito a fazer e a situação política interna tem de ser tida em conta", afirmou o cientista político.
Andrei Koshkin explicou que, em 2017, a Argentina encomendou à Rússia um lote de pelo menos 15 caças MiG-29. Segundo ele, o reinício das negociações sobre o contrato acontecerá após as eleições presidenciais.
"Os resultados destas eleições poderão, em certa medida, afectar – mas, penso eu, apenas ligeiramente. O contrato será assinado. Estou otimista de que a cooperação técnico-militar entre a Argentina e Rússia será fortalecida e ampliada", disse Andrei Koshkin.
Anatoly Punchuk havia declarado que em breve haverá eleições na Argentina e que "por isso, é prematuro falar sobre progressos, [...] as negociações estão atrasadas e eles [os argentinos] não podem avançar porque entendem que os acordos atuais poderão não ser implementados".
Segundo Punchuk, espera-se uma posição mais concreta após as eleições presidenciais, que serão realizadas em 27 de outubro.
Anatoly Punchuk também disse que a Rússia está disposta a dar prosseguimento às negociações com Buenos Aires.