O governo brasileiro optou por abrir um escritório comercial em Jerusalém como uma solução intermediária, mas nesta segunda-feira, durante uma viagem oficial ao Qatar, Bolsonaro considerou novamente a possibilidade de mudar a embaixada.
"Eu acho que o escritório comercial é um passo, mais cedo ou mais tarde, naturalmente a transferência da embaixada pode ocorrer", afirmou, citado pelo site G1.
O presidente brasileiro argumentou que, durante sua atual viagem oficial ao Oriente Médio, ele viu "diminuir a resistência" à transferência da embaixada.
Além disso, Bolsonaro pontuou que no Brasil "quase 40% dos evangélicos querem essa mudança" e citou sua própria esposa, Michelle Bolsonaro, que professa essa religião.
Bolsonaro prometeu mudar a embaixada durante a campanha eleitoral, mas recuou sob pressão do lobby agrícola e pecuário, que temia um boicote às exportações brasileiras dos países árabes.
Há alguns meses, a diplomacia do Irã – principal parceiro comercial do Brasil na região – em Brasília alertou para o movimento diplomático em Israel, país considerado inimigo por Teerã. Antes, a Liga Árabe também se disse reticente aos anseios do governo Bolsonaro acerca da mudança da embaixada.
