Após várias décadas de busca, mergulhadores noruegueses encontraram finalmente nas águas de seu país o navio mercante naufragado Juffrau Elisabedt, que afundou em 1760 perto de Sogne.
"Aqui temos um antigo naufrágio que está completamente intocado, com nomes e fontes históricas. É absolutamente incrível. Esta é uma experiência inesquecível para um arqueólogo subaquático", disse Iver Nesse Aarrestad, conselheiro sênior da Direção do Patrimônio Cultural da Noruega, à emissora nacional NRK.
De acordo com Aarrestad, o achado é importante "cientificamente, historicamente e socialmente".
O navio mercante holandês Juffrau Elisabedt, de 28 metros de comprimento, partiu de Amsterdã em março de 1760. Cerca de 20 dias depois, ele se aproximou da costa sul da Noruega, onde encontrou mau tempo e foi abandonado pela tripulação. Agora foi confirmado que o navio naufragou ao largo de Sogne, em Vest-Agder.
Mergulhadores noruegueses, regozijam-se:
Há 40 anos à procura de navios, agora foi encontrado
O Clube de Mergulhadores de Sogne tem procurado o navio por 40 anos.
"Estamos em estado de choque. Há muitos anos que procuramos o naufrágio sem termos tido sorte, mas de repente... uau!", disse o mergulhador Espen Lauritsen.
Vídeo mostra o momento em que encontraram o navio naufragado.
O navio, que está parcialmente coberto de areia, ficou protegido da água salgada, razão pela qual grande parte da madeira ficou intacta e os objetos estão bem conservados.
"É como entrar em um museu intocado. Afinal, ninguém esteve lá desde que o navio afundou", disse o mergulhador Jan Kristoffersen, comparando o achado a "encontrar ouro".
"Temos de mergulhar na maravilhosa descoberta de naufrágios que o Clube de Mergulhadores de Sogne fez! Veja as primeiras fotos e vídeos do navio holandês Juffrau Elisabedt", foi o comentário de uma conta de mergulhadores norueguesa no Facebook.
O Clube de Mergulhadores de Sogne recebeu uma recompensa de 100.000 coroas norueguesas (R$ 43.300) das autoridades.
Jorgen Johannessen, arqueólogo marinho do Museu Marítimo Norueguês, disse que essas descobertas não acontecem mais, classificando este achado como único e expressando temores de que possa ser saqueado.
"Temos uma responsabilidade partilhada pela preservação do patrimônio cultural", afirmou.
