O Líbano vive uma onda de protestos desde o dia 17 de outubro após anúncio do governo de aumentos de impostos sobre o tabaco e chamadas de internet.
Os manifestantes exigiam a renúncia do premiê Hariri, além de reformas políticas no país. Além dos protestos de rua há bloqueios em estradas e rodovias em todo o país. Bancos, escolas e universidades estão paralisados.
Já havia uma expectativa de que o premiê entregaria o cargo nesta terça-feira (29), e o próprio Hariri anunciou sua renúncia no Twitter.
أنا طالع الى قصر بعبدا لتقديم استقالة الحكومة تجاوباً مع الكثير من اللبنانيين الذين نزلوا الى الشارع #لبنان_أولاً #سعد_الحريري #لبنان_ينتفض
— Saad Hariri (@saadhariri) October 29, 2019
Eu me volto ao Palácio de Baabda para apresentar minha renúncia do governo em resposta aos muitos libaneses que foram às ruas.
Antes da postagem o premiê discursou ao vivo na televisão e afirmou ter chegado a um "beco sem saída" e que por isso iria à residência presidencial - o Palácio de Baabda - para apresentar sua renúncia.
Após o início das manifestações no Líbano, o governo chegou a tentar implementar medidas para responder aos anseios da população. Entre as medidas propostas por Hariri estavam a retirada do aumento de impostos, e um plano econômico de 17 pontos, incluindo cortes de salários de ministros e parlamentares, além de "devolver fundos desviados".
As medidas anunciadas não foram suficientes e os manifestantes continuaram nas ruas mantendo o foco da crítica ao governo.