Segundo o Itamaraty, a expectativa do governo brasileiro é de que a auditoria "produzirá resultados sérios e rigorosos sobre a legitimidade do pleito, de caráter vinculante para as partes envolvidas, com o objetivo de que seja respeitado o soberano desejo do povo boliviano na escolha de seus dirigentes".
O processo da auditoria foi iniciado nesta quinta-feira e é realizado por uma missão da Organização dos Estados Americanos (OEA), composta de 30 especialistas de diversos países.
A expectativa é que o trabalho leve, no máximo, 12 dias para ser concluído.
O objetivo é verificar se houve manipulação de dados e fraude em favor do partido Movimento ao Socialismo (MAS), do atual presidente Evo Morales.
No documento, o Itamaraty diz que o Brasil reitera que o governo brasileiro tem acompanhado com preocupação todos os desdobramentos relacionados às eleições gerais da Bolívia, realizadas em 20 de outubro. Por isso, acrescenta, o Brasil apoia a realização de "um processo eleitoral democrático, transparente, justo e livre, que honre a vontade soberana do povo boliviano."
Na última sexta-feira (24), o Itamaraty publicou que até o processo de auditoria ser concluído, o Brasil não vai reconhecer Evo Morales como presidente legítimo da Bolívia.