John Shipton disse à imprensa em Genebra que ele havia visitado seu filho em uma prisão britânica há dois dias e precisava "encarar a amarga verdade" de que ele "pode morrer na prisão".
"Esta não é a amarga decepção de um pai, é simplesmente um fato", afirmou.
Assange usou o WikiLeaks para publicar arquivos militares e diplomáticos secretos em 2010 sobre as campanhas de bombardeio dos EUA no Afeganistão e no Iraque, que se mostraram altamente embaraçosas para Washington.
Desde então, ele está envolvido em uma rede de procedimentos judiciais e atualmente está lutando contra uma tentativa dos EUA de extraditá-lo da Grã-Bretanha por acusações apresentadas sob a Lei de Espionagem que poderiam lhe render uma sentença de até 175 anos em uma prisão nos EUA.
Assange, de 48 anos, está atualmente detido em uma prisão britânica de segurança máxima desde abril, depois que a polícia o expulsou da embaixada equatoriana em Londres, onde estava desde 2012.
"Julian pode morrer na prisão por uma perseguição de nove anos por revelar a verdade dos crimes de guerra", disse Shipton, segundo a agência de notícias AFP.
"A menos que o Reino Unido mude de rumo com urgência e alivie sua situação desumana, a exposição continuada de Assange a arbitrariedade e abuso pode em breve acabar custando sua vida", disse em comunicado Nils Melzer, relator especial da ONU sobre tortura e outros tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.