Maduro denuncia participação norte-americana em eventos na Bolívia para 'acabar com o índio'

© Sputnik / Carolina Cabral / Acessar o banco de imagensNicolás Maduro, presidente da Venezuela
Nicolás Maduro, presidente da Venezuela - Sputnik Brasil
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O presidente dos EUA afirmou que a partida do mandatário boliviano envia um "forte sinal" aos governos da Venezuela e Nicarágua.

Após a renúncia do presidente boliviano, Evo Morales, vários líderes da região expressaram apoio ao ex-mandatário, enquanto outros fizerem eco às supostas irregularidades relatadas nas últimas eleições presidenciais.

O presidente norte-americano Donald Trump assegura que "a saída de Morales preserva a democracia", saudando a postura do Exército do país andino.

"Estes eventos enviam um forte sinal aos regimes ilegítimos da Venezuela e Nicarágua de que a democracia e a vontade popular sempre prevalecem. Agora estamos um passo mais próximos de um hemisfério ocidental completamente democrático, próspero e livre" declara o comunicado da Casa Branca.

Diante deste pronunciamento, o mandatário venezuelano, Nicolás Maduro, acusou os EUA de serem os promotores do golpe de Estado que conduziu à saída do presidente boliviano. "O olhar de Donald Trump foi de vingança, de ódio e deu a ordem de derrubar e acabar com o índio […] e se montou a emboscada", afirmou o líder da Venezuela.

Maduro afirmou que a continuará lutando pela pátria, paz e soberania na região. "Isto não terminou, apenas começa uma nova etapa da revolução boliviana, da revolução sul-americana", enfatizou o presidente venezuelano.

Suas declarações foram apoiadas pelo presidente da Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela, Diosdado Cabello, que alertou para a repressão policial contra o povo boliviano. "Hoje temos visto imagens terríveis da Bolívia", agregou o político, após salientar que o golpe de Estado foi imposto por Washington diante do fracasso da oposição nas eleições.

© REUTERS / David MercadoManifestante segura uma bomba de gás lacrimogênio nas mãos, em meio à conflitos entre manifestantes na Bolívia, no dia 5 de novembro
Maduro denuncia participação norte-americana em eventos na Bolívia para 'acabar com o índio' - Sputnik Brasil
Manifestante segura uma bomba de gás lacrimogênio nas mãos, em meio à conflitos entre manifestantes na Bolívia, no dia 5 de novembro
"A defesa da revolução e da pátria está em mobilização total, sobretudo no cenário da agressão imperialista ao nosso irmão", reitera Cabello.

Finalmente, Maduro enviou um mensagem a Morales através do Twitter: "Força Evo! Sua humildade o faz maior e maior, você é um líder extraordinário, como poucos outros neste mundo. Estou certo de que, mais cedo ou mais tarde, você voltará com milhões de pessoas e com o apoio de todo o povo boliviano que te admira e te ama. Ganharemos, irmão!"

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