Ela também afirmou que o país terá novas eleições após a formação de uma nova comissão eleitoral.
"De acordo com o texto e o significado da Constituição, como presidente do Senado, assumo imediatamente a Presidência do Estado prevista na ordem constitucional e comprometo-me a tomar todas as medidas necessárias para pacificar o país", afirmou Áñez.
A Bolívia enfrenta instabilidade após as Forças Armadas pedirem a renúncia do presidente Evo Morales. O capítulo anterior da crise envolve acusações de fraude na eleição que escolheu Morales para mais um mandato presidencial.
Apesar da renúncia de Morales, que chegou nesta terça-feira no México, seu partido, o Movimento para o Socialismo (MAS), ainda controla a maioria do Congresso e do Senado.
Além de Morales, o vice-presidente e os presidentes da Câmara e do Senado, e o primeiro vice-presidente do Senado, também entregaram seus cargos.
Além disso, os políticos do MAS não estão participando das sessões legislativas e elas estão sem quórum. Ainda assim, Áñez declarou-se presidente.
O Tribunal Constitucional Plurinacional da Bolívia reconheceu a presidência de Áñez e disse: "Dado que a transferência de poder ocorre por um pedido de renúncia, nenhum ato legislativo do Congresso é necessário".