Chile: equipe médica afirma ter sido reprimida pela Polícia

© REUTERS / Rodrigo GarridoAgentes das forças de segurança reprimem manifestantes em Valparaíso, no Chile
Agentes das forças de segurança reprimem manifestantes em Valparaíso, no Chile - Sputnik Brasil
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Trabalhadores do serviço de emergência do Chile afirmaram neste sábado (16) que foram atacados por policiais enquanto socorriam um jovem que posteriormente morreu de parada cardiorrespiratória. 

A informação foi confirmada pelo Serviço Metropolitano de Assistência Médica de Emergência e a Faculdade de Medicina do Chile, informa a agência de notícias Associated Press.

A denúncia ocorre em meio a questionamentos sobre o uso da força para reprimir as manifestações no país latino-americano. A Faculdade de Medicina destacou que as leis humanitárias internacionais exigem que a passagem segura e irrestrita do pessoal médico seja facilitada para ajudar as pessoas feridas em protestos ou zonas de conflito.

Ainda de acordo com a Faculdade de Medicina, a repressão policial obrigou que o jovem fosse evacuado para poder receber atendimento e um de seus trabalhadores levou um tiro de bala de borracha na perna. 

A conduta da Polícia tem sido muito questionada desde o início da crise social chilena, em 18 de outubro. Mais de 230 pessoas perderam uma órbita ocular ou a visão de um olho enquanto participavam dos atos, afirmam organizações de direitos humanos.

A Anistia Internacional, o Instituto Nacional Autônomo de Direitos Humanos e a Faculdade Medicina exigiram a proibição do uso de armas de balas de borracha pela Polícia. 

Após semanas de protestos, o presidente do Chile, Sebastián Piñera, atendeu uma das demandas dos manifestantes e iniciou o processo para a formação de uma assembleia constituinte para reformar a Carta Magna herdada da ditadura de Augusto Pinochet. 

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