Os cientistas conheciam as ejeções de massa coronal na superfície do Sol desde 1877, mas sua origem sempre foi um mistério.
Em um novo estudo publicado pela Science, os pesquisadores acreditam ter encontrado a resposta para o enigma, graças ao novo Telescópio Solar Goode, de altíssima resolução.
New observations of solar spicules show, that they are created by interactions in the Sun‘s magnetic field and supply the corona with energy. Read the study with MPS-contribution in today’s issue of Science: https://t.co/QwVMpdr2qz Courtesy of Samanta et al.; BBSO/GST, NASA/SDO pic.twitter.com/h3VQ4FJ1RB
— Max Planck Institute for Solar System Research (@MPSGoettingen) November 15, 2019
Novas observações dos erupções solares mostram que elas são criadas por interações no campo magnético no Sol e fornecem energia à corona.
As erupções no Sol duram apenas alguns minutos, o que dificulta o seu estudo e, por isso, os cientistas continuam se perguntando por que motivo a coroa do Sol é mais quente que sua superfície.
O telescópio de alta resolução permite ver os pormenores e isso contribuiu para que os cientistas encontrassem algo novo.
Um pouco antes da erupção, se forma uma mancha na superfície do Sol no mesmo local onde havia um campo magnético invertido. Tal achado sugere que as ejeções de plasma poderiam ocorrer em resultado da reconexão magnética.
Essa reconexão surge quando linhas de campo magnético dispostas de forma oposta entram em choque, convertendo a energia magnética em energia cinética e calor. Seria esse o processo responsável pela formação de erupções.
Comparando os dados do telescópio Goode com os dados do Observatório de Dinâmica Solar da NASA, os cientistas observaram uma cintilação dos átomos de ferro carregados que surgiam diretamente sobre a localização da erupção.
Essa cintilação indica que o plasma na erupção havia atingido uma temperatura de um milhão de graus centígrados.