O país vive uma crise social e política desde o início de outubro. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) tem acompanhado as agitações na Bolívia e publicou um relatório sobre a situação de crise neste domingo, que também apontou pelo menos 122 feridos desde sexta-feira.
CIDH é um órgão da Organização dos Estados Americanos (OEA).
O governo de transição da Bolívia vem sofrendo críticas de que o decreto que isenta polícias e militares da responsabilidade criminal em situações de necessidade e sob legítima defesa se tornou em uma "licença para matar". As autoridades autoproclamadas do país, no entanto, argumentam que a medida está enquadrada na Constituição.
Em entrevista no Palácio do Governo de La Paz, o ministro interino da autoproclamada Presidência, Xerxes Justiniano, disse, citado pela Agência Brasil, que a medida divulgada na sexta-feira "não contribui para nenhum estado de maior violência", mas é um instrumento para "contribuir para a paz social".
Já o ex-presidente boliviano, Evo Morales afirmou, em entrevista à AP, que a ONU deveria mediar a crise no país e sugeriu a intervenção do papa Francisco.
Morales afirmou ter sido deposto do cargo por um golpe de Estado que o forçou a exilar-se no México.