Os dentes do dinossauro carnívoro Majungassauro eram tão duros que podiam cortar através da carne de sua presa como facas e precisavam ser substituídos frequentemente, de acordo com um novo estudo de autoria de Michael D'Emic, professor de biologia da Universidade Adelphi, em Nova York.
"Isso significava que eles estavam desgastando os dentes rapidamente, possivelmente porque eles estavam roendo os ossos", disse o pesquisador. "Há evidências independentes para isso na forma de arranhões e goivas que combinam com o espaçamento e o tamanho dos dentes em uma variedade de ossos de animais que teriam sido sua presa", acrescentou.
Segundo estudo publicado na quarta-feira (27) na revista PLOS One, o Majungassauro tinha que substituir sua arcada dentária a cada dois meses, crescendo novos dentes em cada cavidade bucal de 2 a 13 vezes mais rápido do que outros dinossauros carnívoros.
A razão da substituição rápida dos dentes do Majungassauro, que com seus 21 metros de comprimento reinou no topo da cadeia alimentar em Madagascar, está no fato de que todo dia era registrado o surgimento de um anel de crescimento novo, para se ter noção, surge um anel de crescimento a cada ano em uma árvore, avaliaram os pesquisadores após analisar os dentes do dinossauro predador.
Durante o estudo, os pesquisadores também analisaram os padrões de crescimento de outros dinossauros, como o Alossauro e o Certossauro.
"Espero que este último projeto estimule mais pessoas a estudar outras espécies. Aposto que isso vai revelar mais surpresas", disse D'Emic. "E espero que isso leve a uma melhor compreensão de como os dinossauros evoluíram para terem tanto sucesso por tanto tempo", concluiu.
