O mistério por trás de objetos voadores não identificados veio à tona novamente quando vídeos filmados por caças da Marinha norte-americana vazaram, mostrando uma das aeronaves interagindo com um suposto OVNI. O Pentágono despertou o interesse da comunidade de ufólogos, informando oficialmente que o seguinte vídeo, publicado no Youtube, de fato, retrata um fenômeno aéreo não identificado (UAP, na sigla em inglês).
No entanto, para veteranos de duas das instituições americanas mais secretas, esses avistamentos, pelo menos, não foram tão fantásticos como aparentam. Eles afirmam que encontros com objetos voadores não identificados podem ser atribuídos a um programa altamente secreto de despistamento de radar para uso militar, de acordo com o portal Drive.
O projeto WarZone do site, que cobre notícias relacionadas à tecnologia militar, examinou o projeto da Marinha, estranhamente chamado de Emulação em Rede de Leituras de Múltiplos Elementos Contra Sensores Integrados (NEMESIS, na sigla em inglês).
Ele permite à Marinha enganar sensores e radares dando a ilusão de "frotas fantasmas" de embarcações acima e abaixo da superfície do oceano; o sistema também pode simular formações de aeronaves no espaço aéreo. A tecnologia se assemelha a outro projeto secreto desenvolvido durante a Guerra Fria, conforme veteranos de ambas as agências relataram ao site.
O projeto NEMESIS "me leva de volta aos anos 1960, quando a CIA projetava e construía o Mach 3 A-12 Blackbird para substituir o U-2", comenta T.D. Barnes, um engenheiro aposentado que trabalhou na Área 51, se referindo aos aviões de espionagem usados para coletar imagens estratégicas da URSS e seus aliados.
Em resposta à ameaça representada pelo A-12, os militares soviéticos desenvolveram o sistema de radar P-14, que poderia detectar a aeronave norte-americana ao cruzar seu espaço aéreo.
Logo então, a CIA lançou o PALLADIUM – um audacioso programa para desenvolver tecnologias que poderiam produzir eletronicamente "aeronaves fantasmas", enganando os radares soviéticos com aeronaves que na verdade não eram reais.
O programa usava "esferas metálicas lançadas por submarinos" que simulariam jatos reais, revela o oficial executivo da CIA aposentado Eugene Poteat. O veterano, que fundou e liderou o PALLADIUM, diz que as descrições das "esferas metálicas" soam como os ditos OVNIs.
Barnes, por outro lado, ressalta que em muitos avistamentos anteriores de OVNIs em Seattle e na Califórnia se tratava de aeronaves testadas pela Boeing ou Lockheed Martin. As companhias frequentemente realizavam voos de teste nestas áreas antes de trazer os aviões para a Área 51, para então vendê-los à Marinha e Força Aérea.
"Definitivamente, estes eram OVNIs, pois eram tão secretos que nem sequer existiam […] Não sei o que os aviadores da Marinha avistaram, mas acredito que estamos fazendo isso de novo", esclarece Barnes.