'Amigo' de Kim, Trump alerta que pode usar 'exército mais poderoso do mundo' contra Coreia do Norte

© REUTERS / Kevin LamarquePresidente norte-americano Donald Trump durante encontro da OTAN em Londres
Presidente norte-americano Donald Trump durante encontro da OTAN em Londres - Sputnik Brasil
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O presidente estadunidense Donald Trump acredita que salvou o mundo de uma grande guerra ao estender a mão e fazer amizade com o líder norte-coreano Kim Jong-un, mas acrescentou que ainda pode liberar todo o poder militar contra Pyongyang se necessário.

As declarações, envoltas em um misto de pedido de paz e ameaças de guerra, vieram do líder dos EUA nesta terça-feira, depois que autoridades norte-coreanas reclamaram que as negociações nucleares entre as duas nações não estavam indo a lugar algum.

Trump elogiou a maneira como lidou com a Coreia do Norte, alegando que "se você tivesse ouvido o presidente [Barack] Obama, estaríamos em uma Terceira Guerra Mundial agora".

O presidente dos EUA assumiu o crédito por neutralizar o conflito com a Coreia do Norte, promovendo um bom relacionamento pessoal com Kim. Ele destacou que provavelmente é "o único com quem ele tem um relacionamento tão bom no mundo".

© AP Photo / Susan WalshPresidente dos EUA Donald Trump e líder norte-coreano Kim Jong-un durante encontro na zona demilitarizada, 30 de junho de 2019
'Amigo' de Kim, Trump alerta que pode usar 'exército mais poderoso do mundo' contra Coreia do Norte - Sputnik Brasil
Presidente dos EUA Donald Trump e líder norte-coreano Kim Jong-un durante encontro na zona demilitarizada, 30 de junho de 2019

As tensões na península coreana atingiram um ponto alto no ano passado, depois que Pyongyang testou com sucesso um míssil balístico com alcance suficiente para atingir a costa oeste dos EUA. Trump na época ameaçava aniquilar a Coreia do Norte, mas depois mudou de rumo e negociou um acordo com Kim, que por sua vez descrevia o desejo de desnuclearizar a região em troca do levantamento de sanções.

Passar desse acordo para medidas concretas provou ser difícil, no entanto. A última rodada de negociações em outubro não resultou em nenhum progresso significativo. A irritação de Pyongyang com a situação foi manifestada pelo vice-ministro de Relações Exteriores, Ri Thae-song, que disse nesta terça-feira que cabia a Washington decidir que tipo de presente receberia no Natal.

Trump afirmou que não tem pressa em declarar como morto o processo de negociações, mas alertou que ele tem os militares mais poderosos do mundo à sua disposição.

"Somos de longe o país mais poderoso do mundo e esperamos não ter que usá-lo. Mas se o fizermos, vamos usá-lo. Se for necessário, faremos", completou.
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