Neste sábado (7), o vice-diretor da Organização de Energia Atômica do Irã, Ali Asghar Zarean, disse ao canal estatal do Irã que em breve o país irá lançar uma nova geração de centrífugas de enriquecimento de urânio.
"Em um futuro próximo, iremos lançar uma nova geração de centrífugas produzidas internamente", disse Zarean.
Em setembro, autoridades iranianas haviam declarado que o país estava desenvolvendo centrífugas para acelerar o enriquecimento de urânio, conforme reportou a Reuters.
A medida foi tomada no âmbito do processo de redução do cumprimento, por parte do Irã, de suas obrigações no âmbito do acordo nuclear de 2015.
Centrífugas de Nova Geração
O processo de desenvolvimento e construção de centrífugas para enriquecimento de urânio é um dos mais desafiadores da física nuclear moderna.
O Brasil está dentre o seleto grupo de países que desenvolveu tecnologia nacional de centrifugação de urânio, que inclui Alemanha, Países Baixos, Reino Unido, Rússia, China e Japão. Estados Unidos e França enriquecem urânio utilizando a tecnologia de difusão a gás, mas transitam paulatinamente para a centrifugação.
As centrífugas brasileiras, cuja tecnologia é protegida com afinco pela Marinha do país, seriam mais eficientes do que suas concorrentes, por utilizar tecnologia de levitação magnética.
O enriquecimento de urânio no Brasil é realizado nas instalações das Indústrias Nucleares Brasileiras (INB), em Resende, no estado do Rio de Janeiro, e fornece parte do combustível nuclear utilizado pelas usinas de Angra 1 e 2.