A pesquisa anual sobre Segurança Nacional realizada pelo Instituto Reagan revelou que quase metade dos militares dos EUA e seus familiares nutrem visão positiva da Rússia.
Cerca de 46% dos entrevistados consideraram a Rússia como um "aliado", enquanto a China foi apontada como a "maior ameaça para os EUA".
O instituto reconhece que a maioria dos entrevistados que tem uma visão positiva da Rússia apoiam o Partido Republicano, que é o preferido entre os militares dos EUA.
Para os entrevistados, a maior ameaça para os EUA hoje são o ciberterrorismo e os ataques cibernéticos: cerca de nove em cada dez (89%) se preocupam com ataques a computadores do governo ou à rede elétrica do país.
Apesar da retórica, no entanto, somente 24% dos entrevistados acreditam que a Rússia pode realizar um ataque cibernético contra os EUA e escassos 20% acreditam que Moscou possa interferir nas eleições norte-americanas.
A porta-voz do Departamento de Defesa, Carla Gleason, disse que a visão positiva da Rússia é um reflexo de esforço de Moscou para "inundar a mídia com desinformação e incitar dúvida e confusão", reportou a RT.
O pesquisador Jorge Benítez, no entanto, lembrou que os militares, em sua maioria republicanos, podem estar sendo influenciados por "declarações positivas sobre a Rússia feitas pelo Presidente Trump".
A Coreia do Norte foi considerada inimiga de Washingyon por 83% dos entrevistados, seguida por Irã, com 82%, e Síria, com 72%; Apesar da preocupação com Damasco, 51% declararam apoiar a retirada das tropas norte-americanas da Sìria.
O Instituto e Fundação Ronald Reagan é uma organização não governamental localizada na Califórnia, dedicada em manter o legado do ex-presidente dos EUA. A pesquisa sobre Segurança Nacional com militares e seus familiares foi conduzida pelo segundo ano consecutivo.