O ministério informou que os diplomatas devem deixar a Rússia no prazo de sete dias.
"De acordo com o princípio de reciprocidade e com o Artigo 9 da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas de 1961, a Rússia declara dois funcionários da Embaixada da Alemanha na Rússia como 'personae non gratae'. Eles devem deixar o território do nosso país no prazo de sete dias. O embaixador da Alemanha já recebeu a respectiva nota", declarou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
Berlim lamenta a expulsão de seus diplomatas da Rússia e considera a decisão infundada. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha, a decisão "emite um sinal errado".
Anteriormente, o embaixador da Alemanha em Moscou, Geza Andreas von Geys, havia sido convocado pelo ministério russo para esclarecimentos.
A Rússia expressou a von Geys seu protesto quanto à decisão alemã de classificar dois funcionários da Embaixada da Rússia em Berlim como "personae non gratae", em função do seu alegado envolvimento no assassinato de um georgiano, no mês de agosto.
A Alemanha expulsou dois funcionários da Embaixada da Rússia em Berlim, no início de dezembro, declarando-os "personae non gratae" por suspeita de envolvimento na morte de Zelimkhan Khangoshvili, cidadão georgiano de origem chechena, em 23 de agosto de 2019.
Um cidadão russo de 49 anos foi preso por suspeita de envolvimento no assassinato. De acordo com a procuradoria alemã, a vítima era membro do grupo terrorista Emirado do Cáucaso (organização terrorista proibida na Rússia).
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse na terça-feira (10) que a Rússia havia pedido reiteradamente a extradição de Khangoshvili, sem sucesso. Ele também declarou que a vítima era um militante que participava ativamente da organização de ataques terroristas. Putin disse acreditar ser um erro expulsar diplomatas russos em função do ocorrido e afirmou que a Rússia poderia cooperar com as investigações.