A presidente interina de Bolívia, Jeanine Áñez, disse anteriormente que Morales "sabe que tem contas a acertar com a justiça e é isso que terá de ser", se mostrando segura de que o mandado de prisão seria emitido "nos próximos dias".
Morales, por sua vez, afirmou que "um mês após o massacre na [cidade] de Sacaba", quando as ações excessivas dos militares e policiais contra civis deixaram mortos e feridos, "ninguém foi levado à Justiça".
La golpista Áñez, tal como en las dictaduras manda y anuncia orden de aprehensión contra mi persona, por terrorismo y sedición. Cuando los que cometieron sedición, terrorismo y genocidio fueron ella, Camacho y Mesa, masacrando, asesinando y secuestrando a mis hermanas y hermanos.
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) December 15, 2019
A golpista Áñez, tal como nas ditaduras, manda e anuncia uma ordem de prisão contra a minha pessoa, por terrorismo e sedição. Enquanto os que cometeram sedição, terrorismo e genocídio foram ela, Camacho e Mesa, massacrando, assassinando e sequestrando as minhas irmãs e irmãos.
"Contudo, gente humilde, dirigentes sociais e políticos que lutam pela democracia são perseguidos e presos pelo governo de fato. Não liberar presos políticos nem garantir salvo-condutos é também ditadura", sublinhou o ex-presidente boliviano.
Anteriormente Evo Morales declarou que os organizadores do "golpe de Estado", nomeadamente o ex-presidente da Bolívia Carlos Mesa, Luís Fernando Camacho, político considerado como um dos principais impulsionadores dos protestos, para além da Jeanine Áñez, estão tentando culpá-lo pela morte de mais de duas dezenas de pessoas durante os protestos que assolaram o país sul-americano.