"Vamos proteger Evo Morales porque nos compete fazer isso em sua qualidade de refugiado político e porque todo o pedido de detenção é uma farsa", teria dito um funcionário do governo argentino ao portal Infobae.
Desta forma, Buenos Aires rejeita qualquer possibilidade de entregar Evo Morales à Justiça boliviana, tendo o presidente Alberto Fernández dito que não aceitará que prendam o ex-presidente boliviano, conforme publicou a mídia.
Fernández junto com seu chanceler Felipe Solá examinou a ordem de prisão emitida pelas autoridades bolivianas durante a noite de ontem (18), segundo o Infobae.
No entanto, para o governo argentino, Morales seguirá gozando de imunidade e proteção diplomática.
Proteção policial
Fernández também pediu reforço policial para a proteção de Evo Morales. Até o momento, o ex-chefe de Estado boliviano conta com dois agentes de segurança da Argentina para sua guarda.
Contudo, Evo Morales por vezes visita lugares públicos sem os agentes, de acordo com a mídia.
Em um dos momentos, Morales, após assistir uma partida de futebol, voltou para sua casa em um veículo particular sem nenhum tipo de custódia.
Acusações e ordem de prisão
O ex-presidente foi acusado de crimes de sedição, terrorismo e financiamento ao terrorismo em seu país.
Ao comentar as acusações, Evo Morales não demonstrou estar surpreso.
"Desde 1989, todos os presidentes até 2005 [ano que foi eleito presidente] me processaram por terrorismo, sedição, narcotráfico e até assassinato. Eu ganhei todos eles", afirmou Morales.
Além disso, o ex-presidente acredita que a presidente interina do país, Jeanine Áñez e os adversários políticos Luis Fernando Camacho e Carlos Mesa estejam por trás da ordem de prisão emitida pelo Ministério Público da Bolívia.