Entre os itens encontrados pelos pesquisadores estavam diferentes peças de cerâmica, ornamentos de cobre e um ceptro. Também eram visíveis crânios tatuados e esqueletos sem pés.
O diretor do Projeto Arqueológico de Huaca Santa Rosa, Edgar Bracamonte, referiu que o fato de que as pessoas estavam sepultadas em câmaras de adobe indica sua pertença a elites locais do período, diferentes das de outro local de enterro da cultura Moche, em Sipan, Peru.
"Encontramos aqui duas sepulturas importantes. Uma delas tem um cetro de metal, provavelmente de cobre, além de alguns objetos de osso e cerâmica e outras oferendas, e também uma câmera que apareceu nestes dias e estamos apenas começando a escavá-la", disse o arqueólogo.
Criança real?
A equipe de pesquisadores também encontrou restos de uma criança com crânio tatuado e sem pés.
"Esta marca que encontramos seria um tipo de pintura facial ou tatuagem que ficou impregnada nos tecidos e no crânio desta criança. Ela vai nos permitir uma pequena reconstrução da imagem da marca, e com isso procurar alguma associação com marcas [da cultura] Moche. Também pode ser uma criança originária de Cajamarquila [outro local arqueológico em Peru, da cultura Lima, contemporânea do período]", disse Bracamonte.
"Quanto à ausência de pés, não quer dizer que [a criança] tenha sido mutilada, ou cortada, para isso seria necessário termos um bom especialista de arqueologia física. No entanto, ficou claro que os ossos ainda estavam presentes quando foi sepultada. Isso deve ter sido um processo pós-morte, que ainda teremos de investigar", comentou.
A civilização Moche foi uma sociedade pré-colombiana de base agrícola que habitou o Peru moderno entre 100 a 700 d.C.