No domingo (5), o Parlamento iraquiano votou a favor de uma resolução pedindo ao governo que remova as tropas estrangeiras do país.
A resolução também solicita ao governo do Iraque que cancele o pedido de assistência da coalizão liderada pelos EUA que opera no país contra o Daesh (organização terrorista banida na Rússia e em vários países), que controlava grandes extensões do Iraque e da Síria, antes da intervenção aliada.
"O governo iraquiano deve trabalhar para acabar com a presença de quaisquer tropas estrangeiras em solo iraquiano e proibi-las de usar seu espaço terrestre, aéreo ou marítimo por qualquer razão", lê-se na resolução citada pela mídia.
A proposta favorável à remoção das forças americanas do território iraquiano foi feita pelo primeiro-ministro Abdul-Mahdi.
No entanto, o presidente norte-americano Donald Trump declarou que o Exército dos EUA não deixará o Iraque até que este pague pela base aérea americana. O líder americano também ameaçou Bagdá com sanções se o Iraque tomar medidas hostis contra Washington.
Assassinato de Soleimani
No dia 3 de janeiro, os EUA realizaram um ataque aéreo contra o aeroporto internacional nos subúrbios de Bagdá em que mataram o major-general iraniano Qassem Soleimani e outras 11 pessoas.
A Casa Branca justificou o assassinato como medida preventiva, alegando que Soleimani estava por trás do cerco à embaixada dos EUA no Iraque no dia 31 de dezembro de 2019. Irã jurou vingança pelo que considera ato de terrorismo.