"Graças a Deus, pelo que parece, a questão lá dos Estados Unidos e Iraque, do general lá que não é general e perdeu a vida [Soleimani], não houve [...] O impacto não foi grande", afirmou Bolsonaro na saída do Palácio do Planalto, ao falar dos preços dos combustíveis.
Logo depois do ataque autorizado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e que matou Soleimani na capital iraquiana, havia um forte temor de que o preço dos combustíveis pudesse subir ainda mais, o que não ocorreu na proporção alardeada, segundo Bolsonaro.
O presidente brasileiro ainda destacou, conforme informou o G1, que o comunicado divulgado pelo Ministério de Relações Exteriores na última sexta-feira, não é "muito destoante" do que ele pensa sobre o assassinato de Soleimani.
De acordo com o Itamaraty, o governo brasileiro apoia a "luta contra o flagelo do terrorismo", em um claro alinhamento à narrativa de Washington sobre o general iraniano, que era visto pela administração Trump como um "terrorista".
"Nós não aceitamos o terrorismo. Não interessa o lugar do mundo em que ele venha a acontecer", acrescentou Bolsonaro, relembrando a "tolerância zero" com terroristas no caso do italiano Cesare Battisti. Ele ainda retomou uma acusação acerca dos cubanos que integravam o programa Mais Médicos.
"Se tiver qualquer terrorista no Brasil, a gente entrega. É por aí. Assim como entregamos o Battisti. Entregamos não, o Battisti viu que eu ia entregá-lo e fugiu. Assim como os cubanos médicos, entre aspas, saíram antes de eu assumir. Sabiam que eu ia pegar os caras. Um montão de terrorista no meio deles", disse Bolsonaro, sem apresentar provas.
O Irã é o principal parceiro comercial do Brasil no Oriente Médio e no golfo Pérsico. Até o momento a chancelaria iraniana em Brasília não se pronunciou sobre o posicionamento do Brasil no caso Soleimani.