O Parlamento iraniano aprovou na terça-feira (7) um projeto de lei reconhecendo todo o pessoal militar dos EUA, suas subsidiárias e instituições ligadas como entidade terrorista, noticiou a emissora Press TV.
A moção foi aprovada em resposta ao assassinato do general iraniano Qassem Soleimani, comandante da Força Quds do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica, e um importante líder da milícia xiita iraquiana, em um ataque aéreo em Bagdá, Iraque.
Um dos pontos da iniciativa aprovada pelo parlamento é que as autoridades iranianas devem destinar 200 milhões de euros (R$ 908,5 milhões) do Fundo Nacional de Desenvolvimento à Força Quds.
No dia 3 de janeiro, os EUA realizaram um ataque aéreo ao aeroporto internacional nos subúrbios de Bagdá, Iraque, em que mataram o major-general iraniano Qassem Soleimani e outras 11 pessoas.
Em seguida ao ataque o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que 52 lugares no Irã, incluindo locais culturais, seriam alvos de ataques caso houvesse retaliação a norte-americanos na região.
Após o ataque norte-americano, o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, prometeu represálias contra os norte-americanos. As assessorias de China e Rússia criticaram a ação, considerando que o comportamento dos EUA não só viola o direito internacional, como também só ajuda a desestabilizar a região.
Em abril de 2019, o Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã designou o Comando Central dos Estados Unidos (CENTCOM, na sigla em inglês) como uma organização terrorista.