De acordo com dois militares americanos, citados pelo jornal sob condição de anonimato, teriam sido reiniciadas as missões antiterrorismo contra militantes do Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e demais países).
As fontes acrescentaram que os soldados recomeçarão em breve os treinamentos das tropas iraquianas.
Ainda não foi confirmado se o governo iraquiano teve conhecimento da decisão dos EUA de retomar as operações ou se isso foi feito unilateralmente.
Sequência de ataques
A decisão de reiniciar as operações militares veio menos de duas semanas depois que o Parlamento iraquiano votou pela expulsão de todas as forças americanas do país.
Bagdá acusou Washington de violar a soberania iraquiana ao realizar ataques aéreos no Iraque, incluindo um que matou o comandante iraniano Soleimani no dia 3 de janeiro. O Irã respondeu ao assassinato lançando mísseis em bases iraquianas que abrigavam tropas norte-americanas.
A morte de Soleimani levou o Parlamento iraquiano a aprovar uma resolução não vinculativa apelando a todas as tropas estrangeiras para deixarem o país. O presidente norte-americano Donald Trump rejeitou a resolução e disse que iria impor sanções ao Iraque se as tropas americanas fossem forçadas a sair do país.
Trump insistiu que Bagdá deveria compensar Washington pelas bases militares construídas no país do Oriente Médio antes que uma retirada total pudesse ser considerada.