Até o momento, seis pessoas morreram devido ao vírus na cidade chinesa de Wuhan, na província de Hubei, enquanto outras 227 pessoas estão em hospitais sob supervisão médica, das quais 51 se encontram em estado grave e 12 em estado crítico, informaram as autoridades locais.
"A nível global, a possibilidade de o novo vírus se espalhar é extremamente alta. Isto é um perigo real. Alguns países estão começando a verificar a temperatura das pessoas que entram no país com sensores infravermelhos. Isso ainda não está sendo feito na Europa e em Israel", comunicou Eidelman.
De acordo com o especialista, o principal perigo do coronavírus reside no fato de ele não ter um tratamento específico. Por isso, atualmente os esforços de médicos e epidemiologistas devem se concentrar na prevenção da disseminação de doenças perigosas.
"O problema é que não há tratamento específico para estes vírus, como antibióticos contra micróbios, por isso é muito importante detectá-los a tempo e evitar a sua propagação. Em todo o mundo, incluindo Israel, estamos apenas observando enquanto não houver vacina contra ele", disse o chefe da Associação Médica Mundial.
Surto de vírus
No final de dezembro, as autoridades chinesas relataram um surto de pneumonia de origem desconhecida na cidade de Wuhan. As primeiras pessoas doentes estavam relacionadas ao mercado de mariscos.
Os especialistas estabeleceram anteriormente que o agente causador da doença era um novo tipo de coronavírus, o 2019-nCoV, que é capaz de provocar danos ao sistema respiratório, trato gastrointestinal e sistema nervoso. Os pacientes têm febre, tosse e falta de ar.
O vírus já se espalhou para além da China e foram relatados casos na Coreia do Sul, Japão e Tailândia.